segunda-feira, 1 de junho de 2009

Análise: Velvet Assassin (2009)


Independente do jogo ser tão prazeiroso quanto um orgasmo ou tão ruim quanto cagar com hemorroidas nível 4, há um problema em comum com todos eles: a capa.

Sim, a capa.

Capa, cover, box ou seja lá como você quiser chamar, em 99.9% é aterrorizante e os outros 0.1% dividem-se entre ruim, razoável, bom e muito bom, considerando que a porcentagem desses dois últimos é invisivel a olho nu.

Por isso dou graças a Deus que raramente a capa classifica o que um jogo deve ser.

Justamente por isso jogos com capas lindas me chamam a atenção. É coisa rara de ver. Por mais fudido que o jogo pareça ser, o box é o suficiente para atrair minha atenção.

E foi justamente o caso de Velvet Assassin.

Olhem pra capa. Não é uma das coisas mais belas que você já viu?

Sim, me refiro não só a mulher como também ao "resto" e ao "molde artístico" dela (da capa, não da gost... mulher).

E chega. Vamos direto ao ponto: a capa é uma maravilha... e o jogo?

Soldado estúpido. Não vai nem saber o que te matou.

Comecemos do início inicial e... iniciando!

A história retrata uma agente britânica que fazia vários tipos de "serviços" (não sexuais, lamento) que incluía matar generais importantes aliados a hitler. É baseado em uma história real até.

É muito mais coisa que isso, mas dá pra resumir vagamente assim.

Você pode até dizer: "Porra, segunda guerra de novo? Chega de segunda guerra!". Eu até entendo você, mas não concordo.

Por quê? Porra... segunda guerra tem mais história do que poderia se contar de toda a idade média.

O que? RPGs? RPGs são coisas inventadas que se BASEIAM na idade média, não que são iguais. Dragões, guerreiros valentes que lutam por uma mulher, reinos em que o rei é idolatrado. Isso tudo não existe e nem existiu.

É esse o melhor momento para falar: "que grande descobrida você fazeu".

...

Uma das animações de morte "por trás"

Enfim, voltando a VA: é claro que uma agente sozinha não vai poder contra 500 mil nazistas, então qual é a solução? Não, ela não é esposa de Neo e nem de Rambo.

Ela é uma agente "ninja".

Sim, é o típico jogo "stealth". Daqueles que você tem que se esconder o tempo inteiro e se for encontrado pode declarar sua morte.

Eu não sou fã desse tipo de jogo, na verdade detesto. Mesmo gostando de jogos estratégicos e que seja legal matar sem ver... continuo detestando. Esse é o motivo porque nunca fui fã de Splinter Cell, mesmo com muitos dizendo que é um jogão.

Mas pela arte gráfica da capa resolvi dar uma chance.

O cenário dá até uma impressão artística e o reflexo ajuda.

Bom, a primeira fase se passa em lugar no meio do nada e você aprende como deve matar os inimigos. Para facilitar o jogo te dá um soldado alemão bêbado de graça. Mesmo se você for correndo em direção a ele, este não vai te enfrentar.

De legal logo no início é o cenário. Se passa em um dia de outono que as folhas caem em quantidade e isso deixa ele bem mais belo. Não apenas isso como também o jogo incrivelmente transforma um cenário claro e aberto em um perfeito pra stealth. Claro que você não vai sair correndo e não vai ser visto, mas dá para se esconder facilmente nas sombras.

Os gráficos em geral não são excelentes. Pode-se dizer que são apenas comuns. É perceptível que o jogo utiliza um sistema muito parecido com Fallout 3 em reflexos para deixá-los mais bonitos. O caso é que se Fallout 3 tinha a desculpa que era gigantesco para ter gráficos não tão excepcionais, não existe isso em Velvet Assassin. Os gráficos não são ENORME coisa e poderiam ser bem melhores e ainda há slowdowns que podem atrapalhar e muito considerando o conceito do jogo.

A jogabilidade é digamos... "acostumável". O jogo é em terceira pessoa e o HUD não é confuso. O indicador de vida é nada mais que seu corpo mostrado em branco (quanto menos vida, mais baixo o branco fica). Quando você está teoricamente "invisível" para os inimigos, aparece uma borda azul em torno desse ícone. Em pouco tempo você descobre que a borda fica piscando em vermelho quando você chama a atenção de inimigos e eles sabem onde você está. A borda para de piscar quando eles estão te procurando, mas tem dúvida se realmente te viram ou se foi apenas um barulho qualquer.

O número de armas e balas disponíveis é bastante escasso. Você começa apenas com uma faca que é quase inútil se utilizada em um ataque corpo a corpo. Por algum motivo não dá para pegar as armas dos inimigos (que tem metralhadoras MP40).

Se disfarçar como general alemã é uma das estratégias para não precisar se matar a toa.

A primeira fase é como se fosse um tutorial. Primeiro ensina a você matar em stealth (o alemão bêbado), depois ensina a fazer estratégias para matar inimigos em conjunto (o que sua personagem pensa aparece em voz alta para você. Nessa ocasião ela pensa: "Tenho que esperar até que eles se separem", com um sotaque britânico sexy. hahaha), depois ensina a se abaixar para passar por buracos pequenos, ensina que os matos também podem ser escolhidos para se esconder, porém se você se mover perde o stealth até parar de se mover (caso continue no mato, claro) e finalmente ensina a utilizar a morfina.

A morfina não é nada mais que uma simulação de "tranquilidade". O tempo simplesmente para e até a morfina acabar, você pode pegar um cara pela faca, mesmo se ele estiver de frente pra você. Na simulação da morfina a personagem aparece com uma lingerie e tem uma chuva de flores caindo. Você não pode se abaixar (pelo menos nunca tentei e mesmo se utilizar a morfina abaixado, aparece correndo) apenas correr e dura apenas por alguns segundos. Não é possível carregar mais de uma morfina por vez e conforme as fases vão avançando o uso desta pode salvar seu traseiro. Nessa primeira fase é praticamente obrigatório o uso de morfina, porque o soldado que você vai enfrentar está de frente e nunca dá as costas.

Não há explicação pelo motivo de que a morfina haja desta forma, mas presumo que indique justamente o desejo da sua personagem: a paz temporária. Nem tudo precisa ser necessariamente explicado, né?

-BEHIND YOU!
-WHAT TH... AHHH!


A segunda fase já é em um local mais escuro e fechado e você já começa a utilizar armas: uma pistola silenciadora. Claro que bate a felicidade e você tem vontade de usar ela em tudo que é infeliz, mas logo você descobre que fez um grande desperdício de balas.

Se na primeira fase você não precisa utilizar a estratégia de mover corpos mortos para estes não serem vistos, na segunda isso já vai facilitar sua vida.

Existem outros tipos de estratégia que você logo descobre ao passar do jogo: quebrar fusíveis para desabilitar luzes, atirar a esmo apenas pra chamar atenção, correr com o mesmo objetivo, deixar um cara morto no caminho justamente para este ser visto e você poder matar os inimigos de outros ângulos e etc. Não é grande coisa, mas digamos que é "variadinho".

Com essas observações o jogo parece ser ótimo. De início eu realmente gostei bastante, mas não demora muito a se perceber problemas:

Você não pode se basear apenas por estar em um local nitidamente escuro. Por mais que pareça que você está protegidíssimo e invisível, se não aparecer a borda azul melhor temer a sua morte. As vezes você está em um local que até alguém com 10 graus de miopia te veria, mas tem a borda azul e as vezes você está em um local que quase não se vê e é visto pelos inimigos. Isso força a você "depender" de olhar pro ícone para ver se a borda azul aparece.

A inteligência artificial é completamente estúpida. Você pode atirar em alguém e se este não morrer e você estiver escondido ele só vai procurar praticamente onde você atirou. Se mover para um canto e ficar lá é mais do que o suficiente para despistá-lo e este desistir de te procurar. Que tipo de pessoa tomaria um tiro por trás, procuraria vagamente de onde veio e se não encontrasse desistiria?

Desligar rádios chama a atenção dos alemães estúpidos e podem ajudar bastante no jogo.

As diferenças entre a pistola silenciadora e o Luger (uma pistola comum de alemães na segunda guerra) não são grandes. Uma pistola silenciadora chamará a atenção de todos que estiverem por perto caso um soldado seja assassinado, só não chamará a atenção de quem estiver um pouco mais longe. A luger é mais forte, tem mais balas disponíveis ao decorrer do jogo, por não ter um silenciador tem um range maior e chamará a atenção quase do mesmo jeito que a silenciadora, pois nos únicos momentos que há inimigos por todo o redor, utilizar maneiras stealth é totalmente inútil.

Sobre o fim do paragrafo acima, esse é um ENORME problema. O jogo todo obriga a você se esconder e nas últimas fases é necessário dar uma de "Rambo". Quer zerar? A vontade, mas se prepare porque a jogabilidade e a fraqueza de sua personagem não ajudam em nada para dar uma de "soldado de Call of Duty" quando é realmente necessário ser.

Os slowdowns são frequentes e inexplicáveis. Em alguns momentos do jogo estes ocorrem justamente quando NÃO PODERIAM ocorrer.

Não pode salvar no jogo. É registrado checkpoints em momentos já determinados pelos criadores. O legal é que se você desistir de jogar em determinado momento, vai carregar o local do checkpoint e não o início da fase. O problema? Em mais ou menos 30% das vezes tais checkpoints demoram de acontecer, e/ou acontecem em momentos desnecessários e/ou acontecem nos piores momentos possíveis. Uma opção de salvar em qualquer lugar tornaria o jogo MUITO MAIS divertido e MUITO MAIS agradável.

Na última fase há um bug que você é visível até por um avião a 10 mil pés de altura e aparece a borda azul. Você acha que então está protegido, já que a maldita borda aparece, mas não é. De repente os inimigos atiram em você e não adianta correr.

E, como já comentado acima, deveria ao menos ter alguma explicação porque você não pode pegar as armas dos inimigos quando estas poderiam ser MUITO úteis.

De resto o jogo compensa com a boa história, os flashbacks legais e o "clima artístico" em si. Mesmo com os gráficos não sendo excelentes, o cenário é bem feito e diferente e o jogo em si também é. É agradável de se ver que finalmente variaram em algo que relata a segunda guerra.

Nada como apreciar essa vista lind... ooohhhh!

Então, vamos concluir:

Velvet Assassin é um jogo razoável. Não entrará na história por diversas falhas ridículas que seriam facilmente resolvíveis com um pouco de dedicação e atenção.

Vale a pena de ser jogado pelas suas vantagens, mas o jogador tem que estar ciente dos defeitos e acostumar com eles. Isso é chato, mas se você é fã de jogos com a temática de segunda guerra é um esforço razoavelmente recompensado.

Avaliação técnica das categorias:

Não avaliarei a versão PC. Não cheguei nem ao menos ver como esta seria, mas parece que não há grandes diferenças (no máximo graficamente falando).

Gráficos:
Apenas bons. O sistema de reflexo dá uma pequena melhorada. Conta com slowdowns chatos e que podem fazer você desistir de jogar se não for um gamer paciente.
Avaliação: 7,0

Artístico:
Há um molde artístico no jogo, mas como a categoria "artístico" refere-se mais ao surrealismo, Velvet Assassin não se encaixa nessa categoria.
Avaliação: NA (Não aplicável)

Diversão:
Matar inimigos a escondida e esconder seus corpos faz você se sentir como "dono do mundo"... OK, menos. Digamos que é um bom passatempo. A diversão é bem prejudicada pelos slowdowns frequentes e pelos checkpoints nos piores momentos, mas dá pra aguentar.
Avaliação: 6,0

Replay:
Não há multiplayer. Zerou, zerou. Não há também nenhum incentivo para zerar mais que uma vez, nem mesmo o achievement de zerar em menos de 5 horas.
Avaliação: 4,0

Jogabilidade:
Mesmo não sendo muito boa para "soldado de Call of Duty" nas últimas fases, é boa o suficiente para não ter grandes problemas. Dificilmente a culpa de você morrer no jogo é da jogabilidade.
Avaliação: 9,0

Dificuldade:
Inteligência Artificial rídicula. A última fase é uma indigestão imensa. Um real fail dos criadores.
Avaliação: 2,0

Diversidade:
Em cenários é bastante variado pois nenhuma fase é igual, em armas não é tanto e nas estratégias é repetitivo as vezes. Apenas normal.
Avaliação: 6,5

Som:
Os efeitos sonoros são de boa qualidade e a única desvantagem das músicas é que são repetitivas, mas aparecem no momento certo e quase 100% das vezes são combinativas.
Avaliação: 8,0

Multiplayer:
Inexistente. Também nem haveria muito o que explorar nesse tipo de jogo.
Avaliação: NA (Não aplicável)

Geral:
Velvet Assassin poderia ser um grande jogo se fosse melhor explorado e feito com melhor dedicação. Infelizmente por causa das falhas se tornou um jogo comum.

Provavelmente será esquecido em pouco tempo e zerar não é tão satisfatório assim. Uma pena, porque poderia ser muito melhor.

Vale a curiosidade e não a satisfação.

Avaliação Final: 6,6 / 10 (Mediano)


TOME! TOME! TOME! MORRA! MORRA! MORRA!

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Por agora, é isso.

Dessa vez resolverei dar uma surpresa e não revelarei o que farei no próximo post.

Isso pode ser chamado também de: "Não tenho nenhuma idéia para análises futuras, então enrolarei vocês achando que postarei algo grandioso e no fim é algo frustrante que não vale a expectativa".

Então, até breve!

o/

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Análise: Fallout 3 (2008)


Eu sempre fui fã de coisas com temas pós-apocalípticos. Seja filmes, jogos, livros... enfim, qualquer coisa em que o mundo se fode no final ou já começa fudido.

Não precisa ter uma história parecida. Seja "Mad Max" ou "12 Monkeys", só tive realmente vontade pela temática pós-apocalíptica. No final me dei bem, pois além de tudo são ótimos filmes.

E "Mad Max 2" é melhor que os outros 2 da trilogia.

MAD MAX 2 OWNA!

NÃO DISCUTA COMIGO!!

...

No fim das contas (pra não usar "enfim" de novo) foi essa minha paixão por ver o planeta se fudendo que me fez jogar Fallout 3.

O terceiro game da série (sem contar os spin offs Tactics e... tem mais outro que eu esqueci? Bem, não importa. Seria uma porcaria do mesmo jeito) foi feito pela Bethesda Studios. Digamos que isso criou um "mimimi" dos fãs das versões anteriores. Os motivos, além da mudança da empresa que antes era da Interplay, era a mudança de estilo. Fallout passou de um RPG de turnos para um FPS.

OK, eu entendo as reclamações e sou um dos caras mais chatos em relação a isso (não é necessário leitura incessante no meu blog para descobrir que sou fã de jogos velhos e normalmente detesto mudanças), mas COME ON! Vamos dar uma chance aos caras. É a primeira vez e o marketing foi bom! Errar seria a total destruição da reputação da empresa. Eles simplesmente não poderiam se dar ao luxo...

...ou poderiam?

O que foi? Fiz algo errado?

Bom, comento sobre isso ao longo do post. Vamos a um pequeno resumo da excelente história de Fallout:

O inicio de tudo é 2051. O mundo se parece muito com o tecnológico imaginado do que seria 2000 em 1950. Essas coisas de carros voadores, cremes de barbear que não precisam de barbeador, roupas parecidas com "Os Jetsons", robôs que satisfazem qualquer necessidade humana (sim, inclui aquilo) e etc.

Se é uma sátira eu não sei, mas dificilmente eu imaginaria algo melhor.

A grande diferença é que o mundo não é tão mágico assim quanto imaginado. Falta petróleo (aparentemente recursos como alcool extraído da cana e biodiesel foram completamente descartados. Bem, considerando que o primeiro jogo é de 1997, posso extrair o biodiesel, mas eu me refiro a combustíveis naturais em geral) e, é claro, como o ser humano é uma espécie que proclama a paz independente de momentos, com certeza que facilmente chegaram numa solução.

Sim, eu fui irônico no fim do parágrafo acima.

Aí vem tudo aquilo que você ouve falar que acontece em pré-guerras: nações se fudendo, alguns tendo recursos em excesso e outros nada e os que tem em excesso não gostam de compartilhar (ok, eu também não gosto de dividir o halls) e bla bla bla. Acontecem coisas como o fim da ONU, países grandes como China perderem toda a reserva de energia e terem que invadir o alasca (na época um dos poucos lugares com reservas) porque os states não aceitaram compartilhar e etc.

Invasão aqui e acolá e no meio desse processo, experimentos radioativos com animais e construção de Vaults.

Good boy, Dogmeat (sim, Dogmeat tá nesse jogo ou ao menos o tataraneto dele)!

Um Vault é como se fosse uma residência subterrânea segura que protegeria de todos os efeitos da guerra nuclear (que não precisava ser inteligente para saber que aconteceria uma hora ou outra). Isso na teoria. Na prática funcionavam como lugares de experimentos. Em tais experimentos consistia achar a frequência ideal para hipnotização de humanos para se tornarem soldados fiéis, gases para testar comportamento em pessoas (provavelmente com o mesmo objetivo), vaults isolados completamente para testar como humanos viveriam em total isolamento, vaults com 1000 mulheres e apenas 1 homem (queria eu ser o sortudo) e outras coisas mais.

Darei uma de Super Spoiler e contarei o resultado dos Vaults: quase 100% de total falha.

Well, em 23 de outubro de 2077 finalmente vem a grande guerra (nomeada apenas assim). A duração dela foi brochante: apenas 2 horas, mas foi o suficiente para fuder boa parte do mundo inteiro.

Não se sabe quem atirou a primeira "pedra" e nem todos os lugares do mundo atingidos, mas foi o suficiente para que o planeta ficasse ferrado em boa parte.

Como a guerra foi totalmente nuclear isso criou cenários totalmente devastados. Imagine a bomba de Hiroshima... agora imagine uma bomba pelo menos 100x mais potente. Foram bombas desse tipo que caíram em DIVERSOS lugares do planeta.

Não demorou muito para que o efeito nuclear atingisse animais e humanos. Já começa com o chamado "inverno nuclear" pela fumaça que é deixada pelas bombas. Não tem idéia do tamanho efetivo de um inverno nuclear? Saiba que foi isso que realmente matou os dinossauros (meteoros não explodiriam o planeta inteiro, né?).

Como o despejo nuclear foi muito intenso, levou em média uns 3 anos para que espécies realmente assustadoras fossem criadas. Abelhas gigantes, ratos misturados com toupeiras, ursos com garras imensas e velocidades de leopardos e etc. Afetou também os humanos, criando super mutantes (humanos REALMENTE modificados) e Ghouls (humanos modificados que no fim das contas ficavam parecendo zumbis devido ao "derretimento" da pele).

Acontecem várias coisas entre 2080 em diante, mas considero mais "fan database", ou seja: quer saber? Jogue os jogos antigos e procure sobre o Fallout Bible.

No final de 2161 tem início o Fallout 1, em meados de 2241 tem início o Fallout 2 e finalmente em setembro de 2277 tem início o Fallout 3.

Pois é, isso foi um pequeno resumo. Boa sorte lendo o Fallout Bible inteiro (que nem inclui o Fallout 3).

Decisões e decisões. Não sou bom em decisões dificieis

É ou não é uma história no mínimo ATERRORIZANTE??? MWAHAHAHAHAHA!

HAHAHA!

HAHA!

Ha...

...

ENFIM, onde estávamos mesmo...? Ah! Quanto ao jogo...

Eu comentei acima que a Bethesda foi apedrejada pelos old fans antes mesmo de lançar o jogo. Há motivos, afinal como afinal uma mudança de um RPG de turnos pode se tornar um FPS sem grandes distorções?

Mas devo dizer que felizmente a Bethesda acertou.

Ela já começou acertando mudando o local de Los Angeles para Washington. Não que LA seja ruim, mas quer mudar tudo sem prejudicar o conceito dos fãs? Não se apegue a velhas histórias.

Você é um habitante do Vault 101. Aprende desde pequeno que todos nasceram no Vault e morreriam no Vault. Os bastardos te enrolam bonitinho.

Tudo está indo felizmente bem e alegre como uma sociedade atual, até que você descobre que seu pai sai do Vault.

O velho fode tudo e o overseer (digamos que é o "presidente" do vault) quer te fuder na mesma intensidade. Sexualmente ou não.

É claro que você que não é masoquista e nem gay (é? Bem, não importa. No jogo não é) e resolve fugir. Daí começa a real aventura e não a vida normal para pussies.

WHAT THA FUCK? AAAHHHHHH!! *BANG BANG*

Velhas coisas foram preservadas: história sobre moradores de vaults, outsiders, mutantes, cenários desoladores, músicas combinativas, sistema V.A.T.S. (Vault-Tec Assisted Targeting System - era um sistema utilizado nos fallouts antigos para definir que parte do corpo ia acertar e cada parte tinha sua porcentagem e seu dano. Bem útil contra alguns inimigos com pontos fracos) e, não poderia faltar, a grande história.

Claro, a história do Fallout 1 é de cair em depressão (acredite, isso é um elogio), a do 2 é fantástica incluindo até mesmo pedofilia (não em aberto. Você podia convencer crianças com papos metafóricos como "Vamos brincar de casinha?") e sexo em geral. Tinha até mesmo uma classificação para quando você ainda era virgem no jogo.

No 3 essa história é nitidamente inferior, porém é muito, muito, muito, mas MUITO melhor que a da maioria dos jogos de hoje em dia. A forma que é contada e a liberdade que você pode seguí-la são simplesmente impressionantes.

Assim como nos Fallouts antigos, você pode definir que tipo de pessoa quer ser. Isso inclui ser tão bom que não aceita recompensas e dá água purificada a mendigos (é quase o mesmo que hoje dar um galão de petroleo a cada mendigo que achar), pode ser tão mau que escraviza pessoas inocentes em troca de o mínimo de dinheiro ou pode ser uma pessoa comum que pensa mais nela que nos outros, ajudando quando não tem prejuízos no fim das contas.

Os gráficos não chegam a ser impressionantes, mas usam um sistema de reflexo que deixam eles bem mais bonitos. A liberdade de andar praticamente por boa parte de Capital Wasteland (como Washington foi nomeada após sua explosão) e de entrar em vários locais abandonados é incrível. A cada local que você entrar, você será recompensado. Isso inclui armas únicas, itens bons em quantidade e/ou grandes inimigos para ganhar experiência.

O sistema V.A.T.S.. É péssimo em FPS? Ele é a solução!

A jogabilidade não deve nada para um FPS. O sistema V.A.T.S. deixa ela ainda mais fácil e melhor. Você tem disponível como arma praticamente qualquer coisa que dê para usar: desde canos até lançadores de mini misseis nucleares e armas lasers aliens. A diversidade de inimigos é simplesmente incrível: você enfrenta de baratas gigantes até humanos que foram modificados pela radiação de uma forma tão intensa que ficaram do tamanho de Golias (o da bíblia, não o comediante morto. Que Deus o tenha).

Se você gostar do jogo (o que duvido muito que não aconteça), o fator replay é bem longo em relação a um jogo single. Você tem vontade de explorar tudo que é lugar, conquistar tudo que é arma, matar tudo que é tipo de inimigo, se intrometer em quantas histórias quiser. Arrumar brigas com grandes gangues e até mesmo matar vacas com bazucas (aquele cara do Yes, man! não estava sozinho). Como eu disse há pouco: vida normal é para pussies.

Infelizmente o jogo não tem apenas vantagens.

A engine gráfica é fantástica e você não precisa de muita potência para rodar Fallout 3 no seu PC, porém ela traz um mesmo problema visto em The Elder Scrolls IV: Oblivion (a mesma engine): bugs excessivos.

Alguns são apenas engraçados, como humanos que perdem os musculos quando morrem, escorpiões gigantes voadores e pinball de partes de corpo dos inimigos, mas alguns podem se tornar de irritantes a frustradores. Nesse meio estão os bugs que impedem missões de serem completadas se você não seguir a risca e bugs que te prendem na parede, obrigando-o a carregar os últimos saves com a maior dor no coração.

Alguns pontos podem ser repetitivos, como os metrôs. Todos tem praticamente o mesmo objetivo e tipo de inimigos. Diferenças entre uma e outra coisa aqui e ali.

Os jogadores dos velhos fallouts podem sentir uma incrível falta de liberdade. Para quem começar o jogo do terceiro (eu não vejo nenhuma razão para se começar pelo terceiro, mas convenhamos que sem dúvida o Fallout 3 foi de onde muitos apreciadores começaram) a liberdade é fantástica, mas para quem jogou os antigos da série, isso chega a ser frustrante.

Se você seguir o bê-a-bá do jogo, este pode ser zerado em 5-6 horas. É MUITO pouco considerando um RPG (sim, é um FPS, mas traz características de RPG, como XP, HP, perks, levels...). Tente zerar Oblivion seguindo a risca as missões principais e você vai ver que eles poderiam fazer melhor, muito melhor.

Alone in the universe...

Felizmente os erros são ignoráveis e não tornam Fallout 3 ruim. Nem mesmo perto disso.

Fallout 3 não é um jogo para ser jogado e zerado apenas. É para ser apreciado e para você ficar pensativo depois de jogá-lo. É esse futuro que queremos? Lutar contra super mutantes é divertido, mas perder entes queridos por causa de baratas gigantes é divertido?

Ah... WHAT THE HELL! Matar baratas gigantes e deathclaws é AWESOME! FUCKIN' AWESOME! GIVE ME A GUN!

Em 2010 vem Fallout: New Vegas e em outubro desse ano sai Fallout 3 G.O.T.Y. Edition que conta com o jogo + as 5 expansões.

EU ORDENO QUE COMPREM!

Versão Xbox 360


Eu deveria ter muito o que falar dessa versão, afinal foi a que eu mais joguei. Foi onde fiz minhas 110 horas de jogo para conseguir todos os Achievements.

Aliás, Achievements são incríveis. Não valem merda nenhuma, mas você tem uma vontade incontrolável de conquistá-los.

Mas não é bem assim. A versão Xbox 360 não tem nada de especial em relação a versão PC. Na verdade não tem absolutamente PORRA NENHUMA de especial e sim desvantagens:

-Não tem console (console é divertido pra caraleo).
-Não tem direito a mods (além das expansões).
-Expansões não são free.

Eu disse "free"??

Bom, eu quis dizer que são mais baratas.

SIM, EU QUIS DIZER QUE SÃO MAIS BARATAS! PONTO FINAL! NÃO ME FORCE A DESTRUÍ-LO!

De qualquer forma, a vantagem da X360 é que vai rodar no seu X360!

Espere aí... isso não é bem uma vantagem... ah, whatever. Divirta-se com a sua versão lixo E VAI COMPRAR UM PC QUE PRESTE PRA RODAR ESSE JOGO COMO DEVE!

Eu ainda não fiz isso, mas sou hipócrita de insistir que você compre um PC que preste. Não sou demais?

E chega que já alonguei isso demais.

Versão PlayStation 3


OK, eu nunca joguei a versão do PS3. Já disse que não tenho o menor interesse por PS3 e não conheço ninguém que tenha um.

Mas pelo que eu saiba, além das desvantagens vistas no X360 ainda existem as desvantagens de lançamentos atrasados das expansões.

Se matem donos de PS3. MWAHAHAHAHAHAHA

HAHAHA!

HAHA!

Ha...

...hahaha! This's me laughing! You kill him, I kill her!

Hahaha, This's me before the ultra-slim-fast. You kill her, I kill him!

...

Preciso ver Family Guy com menor frequência.

-Espere, espere! Deve haver uma maneira melhor de resolver isso!
-Show de talentos?
-Show de talentos!


Avaliação técnica das categorias:

Avaliarei as categorias juntando PC com Xbox 360 para não alongar isso mais do que deve. A versão PS3 não está incluída, não posso avaliar o que eu não joguei.

Gráficos:
PC - Como dito acima: não são grande coisa, mas tem um bom reflexo que tornam eles bem mais bonitos. A capacidade de jogar dia e noite, a engine bem feita e a arte do céu deixam o jogo awesome.

Pelo menos as pessoas não tem mais Sindrome de Down como em Oblivion.
Xbox 360 - Não se diferem em absolutamente nada.
Avaliação PC e Xbox 360: 9,0

Artístico:
PC - Pós-apocalíptico e criativo, mas artístico? I don't think so.
Xbox 360 - No Fallout 3 de Xbox 360 o jogo parece com o quadro "O Grito"... of course not! É a mesma porra de jogo!
Avaliação PC e Xbox 360: NA (Não Aplicável).

Diversão:
PC - É bem divertido chutar a bunda de uns monstros e enganar pessoas. Matar pessoas inocentes e vê-las gritando é ainda melhor! Tirando a parte sádica, você se diverte com alguns diálogos e com a história em si.
Xbox 360 - A falta de console faz o jogo ter uma pequena queda de rendimento. Criar 100 deathclaws e mandar mini-nukes neles, travando seu PC de tanto bicho é muito engraçado! Ha ha ha!
Avaliação PC: 9,5
Avaliação Xbox 360: 9,0

Replay:
PC - Simplesmente incrível como um jogo single player pode ter tanta utilidade e ser possível de jogar por 100 horas ou mais. Só vi algo parecido em Monster Hunter.

As expansões já existentes e as que vem por aí ajudam ainda mais em repetir o jogo diversas vezes.
Xbox 360 - Não há nada de especial nesse ponto em relação a versão PC e nem nada inferior. OK, tem os achievements, mas eu já disse acima que eles são inúteis.
Avaliação PC e Xbox 360: 9,0

Jogabilidade:
PC - A combinação mouse + teclado + botões configuráveis é o suficiente para que pelo menos 80% dos pontos sejam conquistados. De resto o sistema V.A.T.S. ajuda ainda mais e a jogabilidade também não é lenta, nem muito rápida (e se estiver, a solução é simplesmente mudar a sensitividade) e você nunca terá problemas em falhas na jogabilidade, porque estas não existem.
Xbox 360 - Também configurável, mas mirar torna-se complicado porque o controle do X360, mesmo sendo o melhor da história para shooters, podem ter problemas em relação a mirar e tal. Isso implica em apelar para o V.A.T.S. mais vezes do que seria necessário. Uma mira semi-semi-automática (sim, eu repeti de propósito) ajudaria e muito, provavelmente igualando a avaliação.
Avaliação PC: 10
Avaliação Xbox 360: 9,0

Dificuldade:
PC - 5 diferentes para escolher e pode-se mudar no meio do jogo. Os inimigos não contam com tanta excelência em Inteligência Artificial, mas nem é tão necessário assim.
Xbox 360 - Prejudicada (aumentada) um pouco pela jogabilidade. Nada ATERRORIZANTE e FRUSTRANTE. De resto é equivalente a versão PC.
Avaliação PC: 9,0
Avaliação Xbox 360: 8,5

Diversidade:
PC - Mods, G.E.C.K. (Garden of Eden Creation Kit), console e muitos itens, locais, pessoas e inimigos para conhecer/destruir. 20 levels para evoluir (30 com a expansão Broken Steel), vários perks, várias missões, várias armas únicas, várias maneiras de concluir a história. Excepcional.
Xbox 360 - Não conta com mods, nem G.E.C.K. e nem console. Ainda assim conta com a imensa diversidade já existente no jogo. Poderia ser melhor, mas já está excelente.
Avaliação PC: 10
Avaliação Xbox 360: 9,0

Som:
PC - Músicas desoladoras, sons diversificados e combinativos. Repetição quase inexistente.
Xbox 360 - Sem diferenças.
Avaliação PC e Xbox 360: 9,5

Multiplayer:
PC - Inexistente.
Xbox 360 - Inexistente². Uma pena. Poderia ser bem melhor explorado nesse ponto.
Avaliação PC e Xbox 360: NA (Não Aplicável).

Geral:
PC - Fallout 3 prova que chegou pra ficar e já é um futuro clássico. Um daqueles jogos que merecem ser apreciados e não apenas engolidos.

História digna de oscar, personagens com personalidades fortes (diferentes do visto em "Oblivion") e diversidade digna de um jogo atual. Nada de linearidade e nada de limites.

Não entrará para história. Já entrou.
Xbox 360 - A prova que versões PC de jogos sempre terão o seu brilho. Continua incrível da mesma forma e fará parte entre "quais jogos bons eu posso jogar no meu velho Xbox 360?".

Avaliação Final (PC): 9,5 / 10 (Excelente)
Avaliação Final (Xbox 360): 9,0 / 10 (Muito Bom)



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FINISH!

O próximo jogo analisado será um de Xbox 360 (desculpem donos de outras plataformas, mas o X360 foi o principal motivo desse meu sumiço. Tenho que falar sobre tudo que joguei) o Velvet Assassin. Relativamente novo. Lançado no final de abril desse ano.

Uma das melhores capaz que já vi. Não apenas pela... han... agente (!) da capa, mas sim pelo... han... OK. É só pela agente mesmo.

Saiu também para PC, mas não tive a oportunidade de jogar tal versão, então será concentrado na avaliação do port de X360.

See you later, guys!

o/

terça-feira, 26 de maio de 2009

Análise: Unreal Tournament (1999-2000)


OK, 2 meses sem atualização. Desapareci sem simplesmente avisar.

O motivo? Fallout 3, Call of Duty 4 e 5 online, Worms Armageddon (eterno) online e alguns problemas individuais, mas que digamos que já foram resolvidos (ou em grande parte).

E MEU ANIVERSÁRIO FOI DIA 9 DESSE MÊS. PARABÉNS ATRASADO PRA MIM, EEEEEEE!

**Silêncio constrangedor (ou ensurdecedor, como costumam dizer)**

Mas eu disse que NÃO IREI ABANDONAR ISSO AQUI e quando eu disse está falado!

Divirta-se com mais um review:

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Ah, 2002. Época saudosista que eu vivia no escritório de papai jogando clássicos como Doom, Qua...

Wait a minute... eu já contei essa história fora de hora.

Então, sorry. Mas nenhuma história para esse post.

Em troca colocarei um gif que irá lhe entreter por alguns minutos:


Enfim, 2002 provavelmente ficará como recordação de contar para os meus netos que conheci o melhor jogo da história. Queria contar que conheci UM DOS melhores jogos da história, mas do jeito que o mercado de games anda, provavelmente será mesmo O MELHOR da história.

Unreal Tournament para quem não sabe, nasceu de uma idéia da Epic Games (eu gosto de falar da Atari, mas parece que a Atari, ou antiga Infogrames - sim, com 'r' mesmo. Comentei isso em post passado e depois de muitos estudos ainda não entendi o porquê do 'r' - só distribuiu mesmo o jogo. A Epic foi realmente épica - essa foi boa, não foi? [/ironic]) que planejava lançar um patch para o seu famoso "Unreal" (hoje chamado de Unreal 1).

Entre os objetivos do patch estavam:

-Melhorar o multiplayer, considerando velocidade de tiro e de movimento, lags, bugs em geral.
-Aumentar o número de mapas disponíveis.
-Aumentar o número de skins disponíveis.
-Aumentar qualquer coisa que estava em falta ou era ruim disponíveis.

Ah se em UT tivesse faca... tem hammer, mas não é tanto humiliation :/

No fim das contas o patch ficou pronto. Ele só tinha um pequeno problema: era grande demais. Era como você baixar um patch para Fallout 3 (que tem 5.3 GB de tamanho) que teria mais de 1.5 GB.

Devido não só ao tamanho absurdo em relação ao jogo que ficou (que é bom lembrar que tal patch foi feito em 99, logo, banda larga, apesar de existir, não passava de super velocidades de 128-256K e só os mais favorecidos economicamente tinham e isso em países de primeiro mundo) como também pela absurda mudança no jogo. Eles mudaram tanto, mas tanto que o jogo deixou de ser Unreal.

MEO DEOLS! ESTOU CONTROLANDO A REDEEMER! VEJAM COMO SOU FODHA!

A conversa a seguir é completamente não baseada em fatos reais e preenchida de um "abaianamento" (sou baiano, meu rei):

John - Rapaz. Completamos a porra do patch! Agora é só lançar.
Clyde - Tá louco, Jô? O patch deve ter uns 200 MB. Pedir pra um ser com 56K baixar 200 MB é o mesmo que pedir pra Linda chupar meu pau na frente de todo mundo.

PS: Provavelmente Linda é uma mulher que trabalha com John e Clyde, que é provavelmente LINDA e gostosa e que acha Clyde um indíviduo tão útil quanto por a camisinha depois do sexo.

John - Faz sentido, Cly.
Clyde - Cly minha pica! Pare de me chamar por esse apelido feio pra desgraça!
John (ignorando totalmente o piti de Clyde) - Isso será um fracasso. O patch está ótimo, mas ninguém vai baixar achando que exageramos no tamanho.
Clyde - Foi o que eu disse.
John - O que você sugere?
Clyde - Bom, você é o cabeça dessa porra. Você quem deveria dar idéia.
John - Dar uma porra. Quem dá algo aqui é você. Sim, eu deveria pensar em algo, mas não consegui.
Mike - Ei, nigrinhas, qual é a resenha?
Clyde - Completamos o patch do Unreal hoje, mas ficou grande demais.
Mike - OK... então por que não lançam um novo jogo?

**Silêncio brutal por 10 segundos**

John - Como é que é?
Mike - Eu disse: lançam um novo jogo. Vejam só: perdemos horas e mais horas fazendo o maldito patch e este acabou ficando grande demais. Temos que lançar ele de alguma forma, então por que não lançar um novo jogo, colocar um nome sem grandes alterações, mas que dá pra reconhecer que é Unreal e encher o cu dos nossos chefes de dolares?
Clyde - Você quer dizer... lançar Unreal 2?
Mike - Se vai ser o 2 fica a cargo de vocês. Eu acho que deveria ser um jogo totalmente diferente, mas que dê pra reconhecer que seja baseado no velho Unreal.
John - ...mas que idéia...
Clyde - ...RÍDICULA!
Mike - ...
Clyde - VOCÊ É BURRO PRA CARALHO, MIKE! HAHAHAHA. VOCÊ ACHA MESMO QUE É SÓ CRIAR UM NOVO JOGO QUE NÃO MUDE PORRA NENHUMA E TODO MUNDO VAI COMPRAR COMO PIRIGUETES COMPRAM INGRESSO DE SHOW DE PAGODE? SE MATE, NAMORAL!
John - Sinceramente, Mike... você é filho de Peter (boss) ou algo assim? Você sempre tem idéias fudidas pra desgraça aqui. Nem sei como você dirige. Provavelmente pagou a Detran para passar no teste.

PS2: Sim, não há Detran nos states, é outra organização, mas serve pra você entender.

Mike - ...²
Mike - OK, não tá mais aqui quem falou.

**Mike sai de fininho**

1 MÊS DEPOIS - Lançado Unreal Tournament

Mike - Ei, caras.
John e Clyde - Fala, jumento.
Mike - Vem cá, esse Unreal Tournament que foi lançado foi feito com nosso patch, né?
John - É.
Mike - E tá fazendo o maior sucesso.
Clyde - É.
Mike - Tiveram uma idéia parecida com a minha, né?
John - Bom... se "parecida" para você significa "nada a ver", sim.
Mike - Porra, como assim "nada a ver"? Tá praticamente igu...
Clyde - Mike, entenda de uma vez: pessoas como você são tão burras que dizem que maracujá é laranja. Nossa idéia NÃO TEVE nada a ver com a sua GRANDE e ESPLÊNDIDA idéia. Aqui tem um dicionário (dá o dicionário pra Mike) caso você queira saber o que significa "esplêndida". Na dúvida você pode ver o que significa "grande" também.
John - Sim, procure o significado de "ironia" também, porque foi dessa forma que Clyde falou.
Mike - ...
Mike - Vão se fuder seus filodaputas, namoral.
John - Pegou ar.
Clyde - É esse o argumento de pessoas desprovidas de inteligência: xingamentos.
Mike - QUÊ? VOCÊS COPIAM A PORRA DA MINHA ID...
John - Viu só como você distorce as coisas? Primeiro nossa idéia foi parecida, depois se tornou praticamente igual. Agora já se tornou cópia.
Mike - SEMPRE FOI UMA CÓPIA, VOCÊS QUE ESTÃO SENDO CARAS DE PAU E DIZENDO QUE NÃO COPIARAM A DESGRAÇA DA MINHA IDÉIA!
Clyde - Pelo visto você além de burro é esquizofrênico. Pare de viver na porra do seu matrix e caia na real: you suck.
Mike - Vão tomar nos seus respectivos cus, grato.
John - Yeah, whatever.

O resto da conversa vocês podem imaginar e provavelmente não conseguirei enrolar vocês alongando o post dessa forma por muito tempo.

Campers. Odeio campers. Matem todos eles... e de hammer.

Sendo idéia do asno do Mike ou cópia dos descarados John e Clyde, nunca a Epic foi tão feliz fazendo algo.

Unreal Tournament foi lançado no final de 1999, junto com Quake 3. Era possível ver em revistas da época análises sobre os dois jogos em uma edição só. Unreal 1 foi uma novidade, mas Quake 2 acabou sendo superior economicamente falando. E UT?

Não havia grandes filas para comprar UT. Quem nunca tinha jogado nenhum dos jogos investiu de início em Quake 3, afinal... era Quake, oras bolas.

O sucesso de UT começou nas revistas gamers: de início os fãs bitolados de Quake (me refiro aos bitolados e não a todos. Se a carapuça serviu, lamento) diziam que UT não era nada mais que "overrated" (traduzindo pra português ficaria algo como "avaliado com pouca crítica" ou "nota alta demais"). Porém quando até as revistas mais críticas davam notas como A+, 5/5, 96/100 provavelmente pensaram: "alguma coisa de especial esse jogo tem".

Então de início Unreal Tournament era como uma segunda compra (depois de Quake 3) não demorou a se tornar uma compra obrigatória (junto com o Q3) e logo se tornou preferencial.

-PEGA ELE, PORRA! ELE TÁ FUGINDO COM A NOSSA BANDEIRA!
-NÃO SE PREOCUPEM! UTILIZAREI BIO RIFLE, A MELHOR ARMA DO JOGO, PARA MATÁ-LO!


A primeira vantagem que Unreal Tournament tinha em relação ao rival da iD era a leveza: enquanto Quake 3 obrigava placas de vídeo com suporte a OpenGL (que na época eram caríssimas. Acredite se quiser), UT pedia um mínimo de 1 Mb de vídeo, o que qualquer um que comprasse um PC de 2 anos atrás teria. Acha que não é nada demais? OK, cite um jogo "pop" atual que roda facilmente em um PC do início de 2007 com uma GeForce FX5200. Foi exatamente isso que a Epic fez: jogo em que você não precisasse gastar fortunas para poder apreciá-lo.

A segunda vantagem era a engine gráfica: claro que em um PC de 1997 UT nunca rodaria melhor que Quake, mas em um PC de 1997 Q3 dificilmente rodaria (a não ser que o PC tivesse um upgrade). Porém em um PC de 1999, você poderia apreciar com louvor a beleza de UT que, a depender das configurações gráficas, ficava superior ao Q3.

A terceira vantagem era o single player. Apesar de UT e Q3 terem o mesmo estilo de Single Player (várias partidas com bots), os bots de UT eram fodásticamente mais inteligentes. Muitos costumam dizer (me incluindo) que tais bots são os melhores criados até hoje no quesito AI (ou IA, como preferir). Se você joga no Novice, os bots serão burros, te dando muitas chances, mas a cada aumentada de nível (são 8 níveis de dificuldade pra escolher. Nunca vi um jogo com tanta variação, nem mesmo a edição CD de Corridor 7) a situação complica mais e você provavelmente será muito humilhado com os bots rindo da sua cara por um bom tempo até acostumar com a dificuldade.

Sim, eles realmente riem da sua cara com mensagens aleatórias gravadas como: "Die, bitch!" e "You suck!".

FFFFFFFFFUUUUUUUUUUUUUUUUUUU-

A trilha sonora é incomparável. Se Unreal 1 tinha uma trilha mais... digamos, "medieval", UT mudou isso drásticamente colocando músicas no melhor estilo techno e trance. É simplesmente incrível como cada fase tem uma música diferente e tal música combina perfeitamente. A repetição de músicas existe, mas é variado o bastante para você não sentir. Os efeitos sonoros? Tremendamente bem feitos.

Já o multiplayer... sim, o multiplayer. UT foi criado pensando no multiplayer e este não podia ser simplesmente deixado para lá. Posso definí-lo em 3 palavras repetidas e exclamativas:

FODA! FODA! FODA!

Você achou que o Monster Kill embutido descaradamente no CS veio de onde?

Até hoje UT tem um dos melhores multiplayers existentes independente do jogo, ano e gênero. Não importa se você está no Brasil e joga com alguém do Japão. Sim, o lag irá existir, mas ele não ficará variando incessantemente e nem perderá dados (a não ser que a conexão do criador, seja do japonês ou do brasileiro, esteja ruim ou SEJA ruim). O costume acaba vindo muito mais rápido com essa imensa vantagem.

Não é o suficiente? Bem, existe um mod chamado ZeroPing que faz a sniper, enforcer e shock atirarem no mesmo momento independente de lag. O jogo irá reconhecer depois o tiro, mas será reconhecido exatamente onde você atirou. É uma mãozona na roda para jogar em servers de qualquer lugar do mundo. Isso foi adotado apenas recentemente em multiplayers como no Call of Duty (pelo que eu saiba. Capaz de ter mais tempo, mas PRÉ-UT eu nunca tinha visto).

Aliás, mods é uma das coisas que mais prolongaram a vida de UT que em dezembro fará uma década de vida. Existem mods de tudo quanto é coisa. Provavelmente o mais famoso deles seja o Tactical Ops. Caso você não conheça, Tactical Ops é pro UT o que Counter Strike é pra Half-life.

Quem não vive perigosamente não sabe o que significa viver.

Existem mods de tudo quanto é tipo: mudam a ordem das armas, mudam o estilo de jogo, mudam a gravidade, mudam a força das armas, mudam o fire rate... qualquer coisa que você imaginar é possível de achar com uma breve procura no google.

Caso tal coisa impressionantemente não exista, você pode modificar utilizando o Unreal Script. Sim, requer aprender uma nova linguagem e requer conhecimento de programação, mas com dedicação (coisa que não tenho. Os 2 meses sem posts provaram isso) dá para fazer qualquer coisa, mas QUALQUER COISA mesmo.

Quer mais? UT tem um criador de fases! O Unreal Editor!

CRIADOR DE MAPAS! ROFL

Quer mais ainda? É um editor fácil de mexer!

Quer mais ainda??? Você acha tutoriais em diversas línguas (incluindo português) espalhados pela net facilmente.

Mas mesmo sem fazer nenhuma modificação nem saber criar mapas, o UT conta com 6 modos de jogo diferentes, quase meia centena (ou mais) de mapas, 10 armas diferentes e vários mods já embutidos (que inclui baixa gravidade, arena de uma só arma e etc).

É fantástico a variação de coisas disponíveis em UT!

Eu poderia ficar falando sobre o clássico UT pelo resto da minha vida. Continuarei impressionado como UT é tão bom mesmo com o passar dos anos.

Um FPS sofre com o tempo, mas Unreal Tournament está aguentando muito bem. Até quando?

Bom, se depender do mercado atual de games...

FOREVER!

Boom!

Avaliação técnica das categorias:

Gráficos:
Excepcionais para sua época e a engine era fantástica. Era possível de jogar Unreal Tournament com bons gráficos tendo apenas um computador razoável.
Avaliação: 9,5

Artístico:
Futurístico e armamento surreal, mas não chega a ser artístico
Avaliação: NA (Não aplicável)

Diversão:
Provavelmente um dos jogos mais divertidos de todos os tempos. Som, multiplayer e jogabilidade ajudaram bastante.
Avaliação: 10

Replay:
Excelente multiplayer, várias fases a sua escolha, CRIADOR DE MAPAS (!), bots configuráveis e a fácil criação de mod tornaram Unreal Tournament praticamente um jogo eterno para quem sabe o quê e onde procurar por add-ons.
Avaliação: 10

Jogabilidade:
Fácil, configurável, rápida e com limitações imperceptíveis. "Perfeita" é pouco pra se dizer.
Avaliação: 10

Dificuldade:
Nas menores dificuldades os bots de UT demonstram algumas burradas, mas isto é compensado nas maiores dificuldades, que por muito tempo foram ditas como "verdadeira Inteligência Artificial".
Avaliação: 9,0

Diversidade:
Como já dito: criador de mapas, bots configuráveis e com alguma noção de programação dá para criar mods, sons, modos de jogo e até mesmo armas. Não tem como ser mais diversificado que isso.
Avaliação: 10

Som:
Trilha sonora fantástica e empolgante, efeitos sonoros de qualidade e provocações como "Die, Bitch!" e "You suck?"? Awesome!
Avaliação: 10

Multiplayer:
Uma verdadeira inovação na época. Se Quake 3 praticamente "forçava" a popularização do multiplayer, UT foi mais competente e fez isso da melhor forma: vendendo um produto melhor e multifuncional.
Avaliação: 10

Geral: "Fantástico" é pouco para classificar Unreal Tournament. Sem dúvida um dos melhores jogos da história!

Desbancar Quake é para poucos, e a Epic fez isso com estilo no "patch de Unreal".

Se não jogou, jogue hoje, amanhã, depois de amanhã... eternamente se possível! Poucos jogos merecem tanto.

Avaliação Final: 9,8 / 10 (Incrível)

Medalha de ourinho pro melhor joguinho ever!

Versão PlayStation 2

Essa é a capa americana e quanto a európeia?

Americanos, desistam de modificar capas. Vocês não prestam para isso.

Muitos talvez nem façam idéia, mas em 2000 (um pouco depois do lançamento desse VG da Sony) Unreal Tournament foi portado para PS2.

Nessa época UT já estava com sua fama feita no PC e foi bem recebido pelos donos do novo VG da Sony.

Não é tão diferente. Ponto positivo... ?

E era realmente bom?

Não prolongarei isso. Veja no "resumão" abaixo:

Avaliação técnica das categorias:

Gráficos:
Parecidos com a versão PC visualmente falando, mas uma engine completamente irreconhecível que causava lags contínuos e loadings várias vezes irritantes.
Avaliação: 7,5

Artístico:
Nesse ponto não há diferença com a versão PC.
Avaliação: NA (Não Aplicável)

Diversão:
Unreal Tournament é Unreal Tournament. Por mais inferior que a versão de PlayStation 2 tenha se saído, ainda é um jogo puta divertido. Multiplayer Split Screen com 4 jogadores é meio bagunçado, mas continua divertido do mesmo jeito.
Avaliação: 8,5

Replay:
Nada de criador de mapas, nada de bots configuráveis, nada de bonus packs, nada de multiplayer online. O fator replay da versão PS2 resume-se a 10 fases e 3 modos diferentes no modo split screen (e todas as fases em system link. Prefiro dois PCs em rede se for esse o caso).
Avaliação: 4,5

Jogabilidade:
Salva por uma mira semi-automática que nos jogos multiplayer não define habilidade. Difícil de acostumar e pouco configurável. Absolutamente nada de especial.
Avaliação: 7,0

Dificuldade:
Apesar de ter menos opções de escolha de níveis de dificuldades e bots não configuráveis, é um dos pontos que herdou bem da versão PC. Sem a mira semi-automática seria impossível de vencer nas 2 últimas dificuldades que são muito parecidas com as de mesmo nome na versão PC.
Avaliação: 8,5

Diversidade:
A diversidade de UT pra PS2 resume-se em escolher diferentes tipos de personagens e umas 2 dezenas de mapas. No número de armas, não é tão variado assim.
Avaliação: 7,0

Som:
Boa parte das músicas e provocações permaneceram. Os efeitos sonoros continuam de qualidade. Nisso não decepcionou.
Avaliação: 9,5

Multiplayer:
A falta de multiplayer online é compensada com um multiplayer split screen e um system link. Não chega a ser tão FODÁSTICA quanto a online da versão PC, mas tem suas vantagens.
Avaliação: 8,0

Nada de mais screens de oitava categoria de vídeos do youtube sem High Quality! :D

Geral: O port de PS2 de Unreal Tournament não chega a ser um desastre, mas o futuro do PS2 provou que era possível fazer algo muito melhor.

Como a versão PC é fácil de ser encontrada e jogada, a versão PS2 se torna apenas um port curioso e/ou apenas para fãs.

Avaliação Final: 7,5 / 10 (Bom)

You have failed, PS2 port.

Versão Dreamcast

Uma das piores capas ever. Não estou sendo irônico.

Tudo que sei dessa versão é que saiu em uma data bem próxima da de PlayStation 2.

Dizem que a versão DC é tão boa, mas tão boa que é quase comparada como "bom substituto" a versão PC.

Se é verdade? Quando eu comprar um Dreamcast eu lhe digo!

Inclusive planejo fazer uma campanha de me ajudarem a comprar um. É tão barato (30 dolares), mas nunca sobra dinheiro :(

I hate my life sometimes.

E não me venha com emuladores. Pode até rodar bem, mas existem quesitos (a.k.a. Jogabilidade) que só saberei jogando em um real dreamcast.

Além de que eu não tenho o jogo (não o do Dreamcast), logo baixar a rom seria ilegal.

Você está tentando me convencer a realizar um ato ilegal?

Como você consegue dormir a noite??

VICTORY IS MINE²!

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Sim, I'm back e aqui termino mais um post!

O próximo jogo que falarei é um que se tornou uma exceção em relação aos jogos mais novos: Fallout 3.

O futuro pode ser mais assustador do que é previsto.

Posso dizer de início que F3 é no mínimo histórico.

Até breve (realmente breve se Deus quiser).

o/

sexta-feira, 27 de março de 2009

Análise: Steven Spielberg's Boom Blox (2008)


Mais de uma semana sem postagens. Quero me desculpar por ter sumido assim.

O motivo disso tudo é que eu falarei sobre um jogo de Wii e eu NÃO TENHO um Wii (so sad). Por isso queria utilizar o Wii do meu primo para pegar as shots do jogo.

Mas sempre esquecia disso e ia lá apenas pra jogar.

No fim das contas preferi pegar screenshots aleatórias da internet mesmo e fiz o review.

Isso não acontecerá de novo.

Saindo do ponto de "desculpas esfarrapadas", gostaria de dizer que a partir de agora eu falarei sobre o jogo e farei uma análise técnica no final. Presumo que tal análise técnica será de grande utilidade caso alguém tenha dúvida quando quiser comprar o jogo analisado.

Sim, copiei grotescamente essa idéia da IGN. Convenhamos que um resumão no final ajuda bastante em uma análise.

Digam o que acham disso (da idéia e não da cópia grotesca) :D

E pretendo analisar jogos ruins, mas alguns são tão ruins que não dá para fazer análises gigantes sobre os mesmos.

Então separarei entre "análises" e "mini-análises". Pretendo fazer algo como "Primeiras Impressões" também, mas este fica para um futuro mais distante.

Agora chega de enrolação e vamos adiantar o passo.

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Até há pouco tempo atrás, o máximo que eu tinha jogado no Wii era um Resident Evil 4 Wii Edition e tinha gostado muito, mas o jogo era muito mais difícil que nos consoles (porém bem mais real a jogabilidade).

Depois de jogar vários jogos de Wii e achar a maioria um piece of little shit, meu primo (ele de novo!) falou de um jogo chamado Boom Blox que usaria o esquema de realidade virtual no wii.

Sim, o recurso veio daquele asiático (ou decendente, who cares?) gordo que você viu no youtube.

Provavelmente ele patenteou e ganhou tanto dinheiro que teve um coma alimentício na Wendy's.

Hum... Wendy's... nham

Só em olhar pra essa imagem deu água na boca. Morrerei de infarto com certeza.

Enfim, o Boom Blox nasceu dessa idéia. Parece que a sua sequência, já estimada pra ser lançada em maio desse ano, usará oficialmente um óculos com sensor de movimento para que você apenas mova a cabeça e automaticamente a tela se mova também.

Pretty fun, hum?

Mas o segundo não importa. Ele nem mesmo lançado foi e esse post não é um preview ou coisa parecida.

Boom Blox de cara parece um jogo normal do Wii: gráficos infantis, multiplayer com até 4 jogadores e utiliza o wii mote como se fosse a coisa mais fantástica do mundo.

O jogo é mesmo isso? Sim, é.

LET'S BLOW EVERYTHING!

Boom Blox é o tipo de jogo que você não sabe o que tem que fazer, mas eis que o jogo te apresenta um tutorial para leigos.

Aliás, para mim todo jogo deveria ter tutoriais disponíveis e que NÃO FOSSEM OBRIGATÓRIOS. No game é exatamente isso: você pode seguir um tutorial inteiro como também pode simplesmente pulá-lo e ir direto pra "ação".

Nos tutoriais você aprende que Boom Blox é diferente de tudo que você já jogou desde a sua infância. É diferente porque não dá para criar um game como o Boom Blox sem algum dispositivo que dependa dos seus movimentos.

Um mouse já serve, mas não pensaram nele. Wii Remote é mais "show".

Nos modos você tem lançamento de objetos (que podem variar de uma bola de baseball até uma bomba atômica), "não deixe a torre cair", derrube as peças com pontos, tiro ao alvo, proteja os gems, não deixe tal bicho cair... e por aí vai.

Todo modo tem sua particularidade e devo dizer que alguns chegam a ser irritantes se você tentar conquistar as medalhas de ouro.

Eu achava xerifes estúpidos, mas alguém que comemora uma explosão que ocorre 2 metros atrás de onde ele esteja é retardamento.

Para vencer cada fase do jogo, você precisa ganhar uma medalha. Bronze é o suficiente para avançar, mas ouro é o necessário para que você zere 100%.

Apesar de parecer uma perda de tempo conquistar as medalhas de bronze e prata, já que não zeram o jogo de vez, recomendo que você não se preocupe com as de ouro de início.

Você não vai levar mais do que algumas horas para completar todas as fases e se o jogo já não parecer grande coisa, tentando conquistar tudo ouro é que você vai abandoná-lo de vez.

Então não se preocupe com ouro no início, apenas passe. Caso você adorou o jogo e não consegue viver sem ele, tente conquistar as medalhas de ouro nas fases já vencidas.

Destrua os zumbis para proteger os gatinhos fofos.

O jogo não tem história. Na verdade, em alguns modos, eles explicam uma simples historinha sobre o que vai acontecer, mas tal enredo se baseia em "temos que destruir o inimigo" e no final "vencemos".

Não creio que você vá se interessar pelo roteiro de Boom Blox. Apenas pule ele quando aparecer.

Se a história não é grande coisa, a física torna o jogo awesome.

Eu amo jogos que utilizam bem as leis da física, mesmo que essas leis sejam criadas apenas para aquele jogo. Felizmente esse não é o caso de Boom Blox.

Minha preferência é pelo modo de "não deixe a torre cair".

Você provavelmente já jogou isso na vida real. Lembra aquele jogo que você tirava uma peça, daí o outro tirava outra peça e assim ia até a torre cair? É exatamente isso que tem no game, com a exceção que você usa uma mão elástica para isso.

Justamente por ser uma mão elástica, cria várias situações de "fuu".

A câmera é limitada, então em algumas fases ela é bem afastada. Quanto mais afastada for, mais chance de pegar a peça errada.

E esta peça errada pode ser o suporte principal da torre.

Um movimento errado pode anular todo o seu sacrifício de 20 jogadas "certas".

Mas eu amo isso. Amo mesmo. É quase como você investir em um negócio, ele falir e você perder todo o dinheiro investido e mais um pouco em um tempo record.

Ou em um jogo de corrida com 50 voltas, ser líder da corrida por 49 voltas e meia e perder o controle o suficiente para cair pra último lugar e não conseguir recuperar.

Vai me dizer que você não gosta disso? Todo mundo tem seu lado masoquista, não seja tímido.

Aposto R$ 50 que ele vai morrer esmagado por aquela peça ali.

Mas, brincadeiras a parte, toda essa frustração é convertida em risadas quando você está jogando isso com um amigo.

Desde que não seja você quem faça o movimento errado e nem seja modo cooperativo.

E aliás, não é apenas esse modo que você se revolta. No "não deixe tal bicho cair", você xinga o maldito de tudo quanto é nome. Nomes que sua mãe se assustaria quando visse você jogando Boom Blox.

Indo para outros pontos, o jogo tem um CRIADOR DE FASES!

CRIADOR DE FASES! VAMOS CRIAR XERIFES ESTÚPIDOS!

!!

!!!

!!!!

!!!!!²³²³²³³²³²³³³²³²

Cara, eu sou MUITO FÃ de um criador de fases. Por mais simples e estúpido que ele seja, jogo com criador de fases sobe muito no meu conceito.

E o melhor de tudo: no CRIADOR DE FASES dá pra criar QUALQUER tipo de jogo e é perceptível que os próprios criadores o utilizaram para desenvolver TODAS as fases do jogo.

De início ele é meio complicadinho, mas no próprio jogo tem um tutorialzinho e se você não aprender, desista porque você é muito retardado.

É fácil de montar as peças. Difícil mesmo é acertar as regras, mas quaisquer problemas é só editar uma das fases do tipo que você queira criar.

Sim, dá pra você editar as fases já feitas pro próprio jogo.

Isso não é simplesmente emocionante?

Aquele ali é o macaco louco criança?

Quanto ao modo multiplayer, posso dizer que há muito tempo eu não via um tão bem desenvolvido quanto o Boom Blox.

São muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

...uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

...uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

...

...

...uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitas fases a escolha. Se ainda assim não estiver bom pra você, só editar as fases do próprio jogo e botar o suporte a multiplayer nelas.

Se MESMO ASSIM ainda não tiver bom, você pode baixar fases na internet criada por fãs!

E se AINDA ASSIM não estiver legal, você pode criar sua própria fase.

Se mesmo depois disso tudo ainda não estiver bom, vá tomar no cu porque você tá querendo me sacanear.

Vai cair. Vai cair!

Mas sério, no multiplayer dá para jogar todos os modos disponíveis no single e em coop ou competitive. Você vai passar umas boas horas com amigos nesses modos.

AINDA ASSIM você vai querer repetir tais fases com amigos diferentes e/ou mais amigos. Quanto mais gente, mais divertido o jogo fica.

O jogo fica devendo mesmo é uma jogatina online. Apesar de eu não ser mais tão fã de jogar com desconhecidos como era há tempos atrás, tenho que reconhecer que isso ajudaria mais ainda para o jogo não ficar no armário.

Mas concluindo:

Vários jogos lançados pro Wii não merecem estar nesse console.

O Wii foi feito para diversão, seja em single ou multiplayer.

Felizmente nisso o Boom Blox soube aproveitar.

Não importa se você seja um depressivo sem vida social ou mais popular que Britney Spears quando dizia ser virgem. Se você não ligar para gráficos vai se divertir e muito no Boom Blox.

Quer comprar um Wii? Esqueça os mários e os jogos teoricamente ótimos (como Call of Duty V). Invista primeiro no Boom Blox e cada centavo gasto será recompensado.

Claro que se você estiver cagando dinheiro compre até o horripilante jogo de totó pro Wii.

Mas ele fica pra outra ocasião.

And you have failed. Please die.

Avaliação técnica das categorias:

Gráficos: Infantis como a maioria dos jogos do Wii. Não chegam a ser bons, considero como medianos. Estão muito longe do que o Wii teoricamente suportaria, mas também está bem mais avançado do que muitos jogos para o console.
Avaliação: 7,0

Artístico: Não considero o jogo como artístico. É apenas infantil e "engraçadinho".
Avaliação: NA (Não Aplicável)

Diversão: Até mesmo nos modos de jogos mais chatos que você se recusa por um momento a jogar, quando começa a fazer isso não quer mais parar. O jogo com multiplayer fica ainda mais legal, principalmente no modo de puxar peças e não cair a torre.
Avaliação: 9,5

Replay: Mesmo depois de ter zerado, o jogo conta com um modo multiplayer que irá entreter por várias horas e um CRIADOR DE FASES, PORRA!
Avaliação: 9,0

Jogabilidade: Os únicos problemas causados são pelas falhas do Wii Remote que acontecem se você estiver muito perto da barra de sensor. De resto o jogo é de fácil adaptação e em nenhum dos modos você terá problemas para aprender e melhorar.
Avaliação: 9,5

Dificuldade: O jogo é bem fácil mesmo nas últimas fases. Você só terá alguma dificuldade quando estiver aprendendo, coisa que não leva mais do que um modo de jogo para completar (o tutorial é o suficiente). Caso queira deixar o jogo mais difícil, tente ganhar medalha de ouro em todas as fases.
Avaliação: 6,0

Diversidade: CRIADOR DE FASES (!), possibilidade de baixar fases na internet e muitas... MUITAS fases disponíveis no jogo em si. De ruim mesmo é que você tem que completar os levels no modo single para desabilitar várias coisas no criador. Nada que um save baixado da internet não resolva.
Avaliação: 9,0

Som: Algumas músicas são repetitivas e os "grunhidos" dos bichos das fases também, mas não chegam a atrapalhar sua concentração e deixam até o jogo "engraçadinho". Já os sons dos eventos foram bem escolhidos e são empolgantes.
Avaliação: 8,5

Multiplayer: Modo cooperativo e competitivo que dá a possibilidade de jogar todos os modos disponíveis com um ou mais amigos. Com o Criador de Fases dá para criar levels com mais de um jogador. Possibilidade de jogar com um único Wii Remote para 2 ou mais pessoas em fases de turno. Pra ficar melhor só faltou um multiplayer online.
Avaliação: 9,5

Geral: Boom Blox vale a pena de ser jogado em qualquer tipo de ocasião: você tendo um Wii, seu amigo tendo um Wii, você jogar Wii em uma locadora... pode não parecer grande coisa na primeira impressão, mas é estupidamente divertido, multiplayer excepcional e um CRIADOR DE FASES que possibilita expandir sua vida útil de uma forma fascinante.

Com todos esses aspectos, Boom Blox ganha a medalha de bronze com folga.

Avaliação Final: 8,5 / 10 (Muito Bom)



YOU WIN! GOLD!

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The end por agora. Tem vários jogos de Wii que quero analisar, mas farei isso com mais planejamento da próxima vez.

E o próximo jogo que vou analisar é o Unreal Tournament.

Sim, o UT Classic!

FODA!²³²³³²³³³²³³³

Devo admitir que a análise será apenas para dar a primeira medalha de ouro a um jogo.

Ops... essa saiu sem querer.

Mas... até breve!

o/