terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Análise: Patapon (2007)


Eu comento com muitos conhecidos que a criatividade anda bem escassa ultimamente (só ver no meu primeiro post desse blog).

É remake disso, sequencia daquilo, multiplataforma daquilo outro.

Será que as boas idéias acabaram? Entraremos numa idade das trevas dos videogames?

Devo dizer que, pelo menos por enquanto, felizmente NÃO!

Apesar das sequencias anuais de várias séries e remakes em portáteis, jogos BEM criativos são lançados. A maioria deles você pode ver em videogames portáteis.

Antigamente o Game Boy servia apenas para você jogar Mário ou qualquer outro tipo de jogo em qualquer lugar. Daí os desenvolvedores descobriram que enquanto os portáteis ficassem mais potentes, remakes se tornaram uma boa idéia.

Eu tinha um! Só não tinha dinheiro para as baterias

É exatamente isso: espera um remake de algo antigo? Tenha quase certeza que ele sairá em algum portátil do mercado. São os melhores "alvos".

Infelizmente remake não é significado de criatividade. Valia mesmo a pena comprar um portátil para jogar remakes e versões pioradas dos jogos que você ama? Não sei quanto a você, mas para mim, não.

Mas, hooray! Eles pensaram de novo e descobriram que portáteis são os melhores alvos para idéias malucas! Idéias malucas não são nada mais que o namorado polígamo da criatividade.

Com isso tivemos vários lançamentos de jogos putamente criativos.

Como só tenho o PSP da geração portátil, só posso citar jogos dele: Exit 1 e 2, N+, Everyday Shooter, flOw, Locoroco 1 e 2, Echochrome... Patapon!

Se colocasse todos os jogos aqui, ficaria uma imagem gigantesca

PATAPON!

De vista, Patapon parece o que WA era para quem só via screenshots: um jogo infantil e "engraçadinho". Foi lançado em 2007 no japão, logo na terra que todos adoravam jogos "infantis" e "engraçadinhos".

Resultado: sucesso absoluto! Provavelmente por essa característica.

Que linduxu!

Mas Patapon era apenas isso?

NÃO!

Quem nunca jogou e apenas viu imagens, acha logo que Patapon não passa de um game qualquer criado para criancinhas de 5 anos que a função é passar de um lado do cenário para o outro.

Apesar de ser recomendado para crianças acima de 3 anos (menores que isso comem o UMD), Patapon é um jogo mais complexo que isso.

Vamos logo começar que já to enrolando aqui:

A lenda dos guerreiros olhos gigantes

A história é básica e não tem muito de especial: conta a história de seres chamados Patapons que são guiados por algum tipo de Deus e por isso vencem todas as guerras, independente da força do adversário.

Por algum motivo, o tal Deus parou de guiá-los e como resultado eles ficaram mais perdidos que cegos em tiroteio. Não sabendo nem como voltar para "casa".

Sua função no jogo é se tornar o tal Deus e guiá-los.

"Que coisa besta" - você diz.

Após você assinar o contrato de responsabilidade sobre os Patapons (sim, você ainda assina um contrato), você tem que começar seu trabalho.

O início do jogo pede para você apertar "Pon" seguidamente.

Pon Pon Pon Pon Pon Pon Pon...

Pon? WTF?

Pon é nada mais que o círculo, bola, bolinha, 'O' e outras nomenclaturas utilizadas pelos gamers que a Sony achou que seria uma forma criativa de decorar os botões.

Aí você aperta e percebe que começa a tocar uma música. Só que nada acontece. Por algum motivo você tá fazendo isso errado.

"Mas que porra! Não era só apertar?"

Depois de quase cinco minutos com a tela preta e sem sair do lugar, você que é brasileiro e não desiste nunca, resolve diminuir a velocidade das apertadas e percebe que o jogo tá andando, mas não como deveria.

Depois de MUITO, mas MUITO esforço você descobre que tem que apertar os botões num certo intervalo de tempo e se não acertar tal intervalo, you have failed.

Após conseguir "ritmar" os botões, um Patapon começa a falar: "Que som é esse? Eu ouvi algo? Será nosso Deus?"

Ele tá falando comigo?

Nãããoooo. Imagina. Eu estou me matando de apertar os botões por quase 10 minutos apenas porque sou um retardado que gosta de apertar botões.

...

Depois do cíclope demente finalmente reconhecer que você é o Deus dele, ele te dá algo parecido com um tambor. Agora você tem que apertar o "Pata" que indiretamente o jogo mostra que é o quadrado.

"PUTAQUEPARIU! Demorei 10 minutos para conseguir acertar o ritmo dessa bigonha e agora tenho que apertar um botão novo?"

Bom, não é tão dificil dessa vez. Ele ensina a combinação Pata Pata Pata Pon e até fala com aquela voz fina: "Pata Pata Pata Pon!". Você não demora mais que alguns segundos para acertar.

LET'S GO!

Aí você faz 1 vez, 2, 3... o jogo pede pra continuar.

"Meu Deouls. Até quando terei que fazer isso?"

Finalmente o jogo fala que você acertou e você todo feliz para de apertar e fica com aquele sorriso de "consegui!".

Só que o Patapon para de falar e o jogo continua.

"AINDA NÃO ACABOU?"

Não acabou. Lá vamos nós.

Depois de 15 segundos do seu raciocínio genial (e, é claro, da gigantesca mensagem que fala o que você deve fazer), você descobre que é para continuar apertando e que o "Pata Pata Pata Pon" serve pro Patapon se mover um pouco.

After (para não repetir "depois") quase meia hora de "preparação", você finalmente pega a manha. Seu Patapon começa andar quase em velocidade de um jogo normal de plataforma e você vai encontrando outros Patapons perdidos.

Até que então os Patapons pedem para você ser mais rápido e a tela volta um pouco. Daí aparece um dragão te perseguindo.

MEO DEOULS! UM DRAGÃO!

UMA PORRA DE UM DRAGÃO!

Desculpem, mas esse eu tive que tirar do blog do grande Amer.

O desespero toma conta de você e automaticamente ritmos novos são criados, como Pata Pata Pon Pata, Pon Pata Pata Pata, Pata Pata Pon Pon e etc. Pena que esses ritmos não adiantam em porra nenhuma.

Após você se acalmar, algo que demora em torno de 2 minutos, você volta a acertar o ritmo e percebe que A PORRA DO DRAGÃO é lento demais e você precisa ser muito imbecil para morrer para ele (até porque ele não tira absolutamente nada de sua vida). E o melhor: não precisa matá-lo. Apenas fugir.

Já no fim do caminho você encontra uns Patapons vermelhos.

Precisamos matar a porra do dragão! Me ajudem, porra!

"Ótimo! Agora dá para matar a porra do dragão!"

Mas aí você descobre que eles são seus INIMIGOS! E que se chamam Zigotons!

Ótimo. Já não basta uma porra de um dragão vindo por trás (lá ele!) e ainda mais estúpidos atrapalhando o caminho.

De alguma forma, por alguma força desconhecida (ou da porra de um dragão), os zigotons tentam te atacar, mas recuam logo e finalmente você vê algo parecido com o que marcava o checkpoint em Sonic.

"É o fim? Diga que é! Por favor!"

Sim! É o fim! Os patapons comemoram e aparecem fogos no céu.

É ano novo e não to sabendo?

E que coisa sem sentido... mas... FODA-SE! Você conseguiu! You won! Corra para a galera!

Ao vencer você chega na tribo dos outros patapons, que tem um dos cíclopes dementes que fala tudo o que você tem que fazer. Você consegue diferenciá-lo pelo rídiculo vestimento.

Você descobre que esse cíclope demente é fêmea e que o nome dela é Meden. Pelo que parece é uma princesa.

E ela fala que "Nós agradecemos pelo o que você fez, mas VÁ CAÇAR! SENÃO NÓS MORREREMOS DE FOME!".

Tudo bem que ela botou um "please", mas porque EU que tenho que caçar??

Só me faltava essa. Uma princesa mandando em um DEUS para ele caçar!

Mas ou você obedece a princesa megalomaníaca ou o jogo não continua e lá vai você caçar.

Quando a fase de caça começa, ele ensina outro ritmo, que é o Pon Pon Pata Pon. Esse serve para atacar. Não é mais tão dificil aprender ritmos, então o jogo de chato e desesperador, torna-se divertido.

Hora de atacar! Destruam o muro especial construído para aprender o ritmo!

Depois de caçar e alimentar a puta da Meden, você é MANDADO por ela a atacar os zigotons, que tomaram o território dos patapons.

Sim, não tente discutir. Apenas vá.

Aí começa a ação de verdade! Assim como na fase de caça, você tem que ficar variando os ritmos entre andar e atacar. Depois de quebrar o primeiro muro, aparece um novo patapon.

Você ataca ele como se fosse um zigoton, mesmo ele sendo branco. Não demora a descobrir que ele é seu amigo e que vai ajudar na jornada! E como ajuda.

Daí em diante você tem disponível a criação de Tatepons que são Patapons que atacam com armas diretas (espadas, machados, essas coisas).

Chovendo no deserto? Falo mais abaixo!

Apesar de que eu poderia contar o jogo todo nesse ritmo, isso é uma análise e não um detonado. Contei o ínicio apenas para que você tivesse uma noção do jogo.

Patapon conta com mais ritmos além de Pata Pata Pata Pon e Pon Pon Pata Pon. Você tem a opção de se defender, recuar e etc.

O jogo também é bem variado na questão de itens e você logo descobre que Patapons não precisam ser necessariamente brancos. Os coloridos são mais fortes, mas também são mais caros. Além dos próprios guerreiros: você tem os de lança, flecha, ogros, cavaleiros e por aí vai.

E olha que eu não habilitei tudo nesse save.

Eu comentei no início dessa análise que jogos criativos estão em falta e que Patapon era um deles. Muita gente ainda classifica Patapon como um jogo de criança, o que na minha opinião é totalmente errôneo.

Patapon não pode ser jogado por uma criança de 3 anos, nem 5, nem 7... provavelmente só 8 para cima e olhe lá. Crianças dessas idades citadas precisam de coordenação e não será o Patapon que ensinará isso para elas. Provavelmente ficarão apertando botões feito malucas e indo a lugar nenhum.

Sem contar que no Patapon mostra uma leve violência. Sem sangue, nem perto de ser exagerada, mas mostra. Não sou um bitolado que acha que esse tipo de violência fará a criança matar seus pais, mas esse jogo não é tão infantil como parece.

É criativo pelo seguinte fato: não é um jogo de plataforma simples. É um jogo de plataforma misturado com musical!

Eu NUNCA gostei de jogos musicais. Nunca me atraíram para nada. Eu curto muito música, mas para mim música "jogada" não serve.

Aquilo é uma lesma gigante?

Sim, sou um herege que não suporta Guitar Hero, DJ Max, Dance Dance Revolution, Beats, entre outros...

Porém, mesmo assim eu arrisquei a jogar o Patapon e me apaixonei pelo jogo. A criatividade gráfica artística e na jogabilidade é simplesmente fenomenal!

O jogo ainda faz uma boa junção em jogabilidade e dificuldade. Apesar de parecer fácil, não é! Você demora para conseguir o Fever (entenda o Fever como se fosse um "turbo" dos patapons) e as fases não são tão fáceis. Você tem que montar um bom exército em várias ocasiões.

Há uma coisa legal no jogo: milagres. Sabe milagre da chuva, do vento, essas coisas? O Patapon tem isso. Além de aumentar a diversidade, torna o jogo mais complexo e você pode usar isso contra seus inimigos!

É ou não é, algo novo? Achava que ia ficar pulando e esmagando inimigos com olhos gigantes?

Esta imagem não tem nada a ver com o que disse há pouco. É meramente ilustrativa.

Até mesmo a história que parece básica é melhorada ao avançar do jogo. O final é simplesmente emocionante.

Dá até vontade de zerar de novo!

Mas irei me controlar antes que gaste mais 15 horas de minha vida e abandone o blog por uns 2 dias :B

E um jogo musical precisa ter uma boa trilha sonora e Patapon não deixa para menos.

Quando os Patapons precisam de sua ajuda toca uma música do estilo daquelas ancestrais e as músicas em si são muito legais! Tudo bem que uma ou outra até atrapalham, mas não são repetitivas e nem chatas. Chegar no Fever é quase como atingir o ponto g.

Ponto G?

Tá, exagerei. É quase como... como... jogar Patapon!

HÁ!

Não tem melhor comparação.

MEO DEOULS! A PORRA DO DRAGÃO DE NOVO!

Concluindo:

Tem um PSP e nunca jogou Patapon, seja por puro desconhecimento ou seja por achar infantil? Não se recuse a jogar. Ao menos TENTE!

Patapon não serve apenas para você jogar com olhos engraçadinhos. É simplesmente um jogo estilo old gamer no meio de milhares de lançamentos que não apostam mais do que em gráficos.

Talvez essa seja a maior vantagem dele: ser um jogo novo e ao mesmo tempo ser comparado a genialidade de vários antigos.



Pata Pata Pata Pon
Pata Pata Pata Pon
Pata Pata Pata Pon
Pata Pata Pata Pon
Pon Pon Pata Pon
Pon Pon Pata Pon
Pon Pon Pata Pon
Pon Pon Pata Pon
Chaka Chaka Pata Pon
Pon Pon Pata Pon
FEEEEEEEEEEEEEEEVEEEEEEEEEEEEEEEERR!!
Don DonDon DonDon!

Se fosse maior dava pra usar de papel de parede.

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E aqui termino a análise desse novo clássico!

Espero que tenha gostado e se não gosta de Patapon, Pon Pon Pata Pon para você!

Brincadeira! hehe

O próximo jogo que irei analisar será mais um de PSP, o PlayChapas.

Hum? Tampinhas?

Tenho traumas desse jogo. Principalmente porque a análise que tentei em vídeo foi dele.

Mas essa sai!

Até breve.

o/

2 comentários:

  1. Quando eu joguei pela 1ª vez eu me perguntei: "Isso é em flash?!"

    Mas logo depois que eu apertei os alguns botões e eles responderam na mesma hora, pqp, que foda!

    husahusahusahu parabéns pelo blog cara!

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  2. Eu nem tinha PSP na época que conheci Patapon. Um amigo meu chegou falando: "To com um jogo FODA do PSP! Onde você é Deus e comanda seu exército ao som de tambores". Eu fiquei pensando: WTF? Que porréssa? Dias depois ele me mostra o tal jogo. E qual foi a minha primeira impressão? FIQUEI MALUCO BAGARAIO! Incrível como aquele jogo me deixou mais afoito pra comprar um PSP. Não foi à toa que assim que meu PSP chegou, eu coloquei logo Patapon! Apanhei um pouco no começo, e ao decorrer das fases.. mas graças ao PhOeNiX_H, consegui passar de umas partes onde eu tava preso :x
    Patapon é um jogo MARAVILHOSO, que pretendo comprar origial! E mal posso esperar pra jogar 2 em inglês.. Se em japonês eu já fiquei maluco sem entender porra nenhuma, imagina entendo e sabendo o que tem que fazer? OMG!!!
    Beijo e continue com o blog, está magavilhoso! =D

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